A CIDADE


Itaituba "Cidade Pepita"


História

A presença dos holandeses, franceses e ingleses, no estuário do rio Amazonas, concorreu para a permanência de portugueses no Pará e para a expedição de Francisco Caldeira Castelo Branco que, em 1616, fundou a cidade de Belém. Com a fundação da capitania, o governo expulsou os estrangeiros, tendo sido organizada várias expedições, para destruir os estabelecimentos que haviam sido criados e, dentre essas, quanto ao Município de Itaituba, a do capitão Pedro Teixeira, em 1626, ® a mais importante, pois atingiu, pela primeira vez, o rio Tapajós, entrando em contato amigável com os nativos, em um sítio que, hoje em dia, é considerado como sendo a baía de Alter-do-Chão.
Em 1639, Pedro Teixeira retorna ao rio Tapajós, seguido dos Jesuítas. Um forte, na foz desse rio, foi estabelecido por Francisco da Costa Falcão, em 1697, tendo os Jesuítas instalado, sucessivamente, as aldeias de São José ou Matapus, em 1722, São Inácio ou Tupinambaranas, em 1737, e Borari e Arapiuns, que se destacaram pelo desenvolvimento apresentado.
Na administração do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, o governo iniciou o afastamento dos jesuítas dessas aldeias , situadas, na zona do Tapajós, e elevou à categoria de vila, com a denominação de Santarém, a aldeia dos Tapajós. Posteriormente, também ocorreram mudanças nas de Borari e Arapiuns, em 1757, com os nomes de Alter-do-Chão e Vila Franca e, em 1758, as de São Inácio e São José, com as denominações de Boim e Pinhel.
Na administração de José de Nápoles Tello de Menezes, foi criado o lugar de Aveiro, em 1781, onde foi erigida a freguesia de Nossa Senhora da Conceição.
Com base na documentação histórica existente, sabe-se que, em 1812, o lugar de Itaituba já existia, pois foi mencionado na relação de viagem de Miguel João de Castro no rio Tapajós, como centro da exploraçã e comércio de especiarias do Alto Tapajós.
Com a Cabanagem e os acontecimentos ocorridos no período, fundou-se a Brasília Legal, em 1836, como posto de resistência, à margem esquerda do Tapajós. Conforme Ferreira Penna, em 1836, Itaituba era um aldeamento de índios, da dependência do Grão Pará, para onde foi enviado um pequeno destacamento. Dentre os nomes que a história pode destacar para o município, menciona-se o do Tenente Coronel Joaquim Caetano Corrêa, por ter sido um precursor do desbravamento da região tapajônica, sendo considerado, inclusive, o fundador do Município.
Até 1853, Itaituba dependeu da freguesia de Pinhel, passando, posteriormente, para a jurisdiço de Boim.




Emancipação política

Com a Lei nº 266, de 16 de outubro de 1854, a Brasília Legal recebeu a categoria de vila e, como não correspondeu à expectativa, a Lei nº 290, de 15 de dezembro de 1856, transferiu para Itaituba a sede do Município, somente instalado em 3 de novembro do ano seguinte.
A Lei nº 1.152, de 4 de abril de 1883, desmembra parte do município de Itaituba, para constituir o de Aveiro, que havia sido criado com a elevação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Aveiro à condição de Município. O predicamento da cidade lhe foi conferido em 1900, através da Lei nº 684, de 23 de março, sendo instalada em 15 de novembro do mesmo ano.
Pelo Decreto nº 6, de 4 de novembro de 1930, o Município foi mantido, porém, o Decreto de nº 72, de 27 de dezembro do mesmo ano, colocou seu território sob administração direta do Estado. Como unidade autônoma, também, figura na relação da Lei nº 8, de 31 de outubro de 1935. No quadro anexo ao Decreto-Lei nº 2.972, de 31 de março de 1938, aparece constituído de dois distritos: Itaituba e Brasília Legal, permanecendo, dessa forma, na divisão territorial fixada para o período de 1939-1943, estabelecida pelo Decreto-Lei nº 3.131, de 31 de outubro de 1938, como também na divisão estabelecida para o quinquênio 1944-1948, fixada pelo Decreto-Lei nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943. Perdeu o distrito de Brasília Legal para constituir o Município de Aveiro, que foi restaurado, através da Lei nº 2.460, de 29 de dezembro de 1961.




Administração

A atual prefeita ELIENE NUNES (PSD). O município possui 15 vereadores, e um colégio eleitoral formado por 60.305 eleitores.




Geografia

A cidade se localiza a uma latitude 04º16'34" sul e a uma longitude 55º59'01" oeste, fica na margem esquerda do rio Tapajós.




Clima

O clima da região se traduz como um clima de temperatura mínina superior a 18°C. Itaituba apresenta uma umidade relativa com valores acima dos 80% em quase todos os meses do ano. As estações chuvosas coincidem com os meses de dezembro a junho e as menos chuvosas nos meses de julho a novembro.
O município de Itaituba, em meados da década de 1980 e início da década de 1990, tinha sua economia fortemente baseada na extração do ouro no Vale do Tapajós, maior região aurífera do oeste paraense. Nesse período, estima-se que tenham sido exploradas da região mais de 500 toneladas de ouro. Em virtude do garimpo, o Aeroporto de Itaituba teve um dos maiores movimentos em pousos e decolagens de aeronaves no mundo. No entanto, observou também um crescimento desorganizado da cidade, com um significativo aumento da pobreza em áreas periféricas, bem como uma grande degradação ambiental causada pelo mercúrio.
Paralelo à decadência da exploração do ouro, a cidade começou a ver surgir empreendimentos ligados principalmente aos setores agropecuário e madeireiro. O setor de serviços possui uma significativa participação no PIB itaitubense, sendo um dos 10 de maiores do Estado do Pará.
Um dos grandes entraves ao desenvolvimento econômico da região foi o abastecimento de energia, que até fins dos anos 1990 representava um problema crônico para a cidade. Em 1998, a cidade de Itaituba passou a ser atendida pelo Projeto Tramoeste, o qual que leva energia produzida na Hidrelétrica de Tucuruí para diversas cidades no oeste paraense.




Bairros de Itaituba

Beira RioJardim AeroportoPiracanã I
Bela VistaJardim das ArarasPiracanã II
Boa EsperançaJardim TapajósSanto Antônio
Bom JardimLaranjalSão Francisco
Bom RemédioLiberdade ISão José
CentroLiberdade IISão Tomé
Coca ColaMaria MadalenaVila Caçula
DevaniNova ItaitubaVila Nova
DevaniNova ItaitubaVila Nova
FlorestaPazPedreira
JacarezinhoPerpétuo Socorro




Infra-Estrutura





Mídia

Os jornais cuja editoração é feita em Itaituba são: Província do Tapajós e Jornal do Comércio.
Além desses, outros jornais circulam diariamente na cidade. Entre os mais importantes estão O Liberal (Belém), O Impacto (Santarém) e O Estado do Tapajés (Santarém).




Energia

O Complexo do Tapajós é um complexo hidrelétrico composto por 5 usinas a serem construídas no Rio Tapajés, no Paré. É composto pelas seguintes usinas: UHE São Luiz do Tapajós, UHE Jatobá, UHE Jamanxim, UHE Cachoeira do Caí, UHE Cachoeira dos Patos. As obras devem começar por volta de 2012 e durar cerca de 5 anos. Após a conclusão, terá a potência instalada de 10.682 MW. Itaituba será a cidade base para a construção e operação das usinas.




Educação

O município possui cerca de 20 escolas particulares, as quais atendem a uma demanda de mais de 21 mil alunos. Destacam-se, entre outros estabelecimentos educacionais, o Centro Educacional Anchieta, o Instituto de Educação de Itaituba e o Colégio Isaac Newton. O município conta ainda com cerca de 180 escola públicas na area urbana e na zona rural, as quais atendem a uma demanda de cerca de 48 mil alunos no ensino fundamental e médio.
No âmbito do ensino superior, a cidade de Itaituba conta com as seguintes universidades:
UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará)
UAB (Universidade Aberta do Brasil)
FAI (Faculdade de Itaituba)
FAT (Faculdade do Tapajós)
UNIT (Faculdade a distância)
CESUSP (Centro de Estudos Supeior de Itaituba)
UEPA (Universidade estadual do Pará)
UFPA (Universidade Federal do Pará)
ULBRA (Universidade Luterana do Brasil)




Transporte Aéreo

O acesso aéreo é feito pelo Aeroporto de Itaituba, localizado a 5 km do centro da cidade em área adjacente à BR-230 (Rodovia Transamazônica). Há serviço regular de táxi. Existem, ainda, outros aeródromos de propriedade particular, sendo o principal deles, por possuir pista de pouso asfaltada, o localizado no KM 17 da Rodovia Transamazônica, na Fazenda Rosa de Maio.
O aeroporto da cidade conta com vôos comerciais regulares que ligam Itaituba diariamente às cidades de Santarém, Belém e Manaus, além disso, empresas de taxi aéreo oferecem vôos para distritos e vilarejos mais afastados do centro urbano da cidade, bem como para os inúmeros garimpos de ouro da região e municípios vizinhos.
O aeroporto possui um terminal de passageiros totalmente climatizado, mix de lojas e praça de alimentação. A operação de pousos e decolagens no aeródromo é feita pelo Grupamento de Navegação Aérea de Itaituba (GNA III - SBIH). O aeródromo conta com sinalização que permite operações noturnas (IFR), e possui uma pista auxiliar para o taxiamento de aeronaves.
Em virtude da grande quantidade de garimpos de ouro na região aurífera do Rio Tapajós (década de 1980), o Aeroporto de Itaituba já registrou uma média diária de 400 pousos e decolagens, representando um movimento de 80.000 pousos e decolagens/ano. Nessa época, o mesmo foi considerado o 3º aeródromo mais movimentado do mundo.





BR 163 (Santarém-Cuiabá)

A Cuiabá-Santarém é a rodovia que liga a capital do Mato Grosso, Cuiabá, à Santarém, no Pará ,Itaituba à Santarém e às regiões sul e sudeste do Brasil e encontra-se em fase de pavimentação.
A estrada atravessa uma das regiães mais ricas do País em recursos naturais e potencial econômico, sendo marcada pela presença de importantes biomas brasileiros, como a Floresta Amazônica e o Cerrado e áreas de transição entre eles, além de bacias hidrográficas importantes, como a do Amazonas, do Xingu e Teles Pires-Tapajós.
Os serviços de pavimentação nesse trecho serão divididos em 2 lotes. O lote 1 compreende o segmento que vai da divisa do Mato Grosso com o Estado até o município de Novo Progresso. Serão contemplados 318 quilômetros. Para este lote, as obras foram avaliadas em R$ 20,6 milhões.
O Lote 2 segue do município de Novo Progresso até o início do trecho pavimentado da rodovia. Os serviços de manutenção se estenderão por 344 quilômetros a um custo total de R$ 22,7 milhões.
A partir de 2009, a BR-163 conta com o policiamento de mais 340 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a qual já conta com bases espalhadas pela rodovia, além das que estão em fase de construção para receber os novos policiais.




BR 230 (Transamazônica)

A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974) sendo uma das chamadas obras faraônicas devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar, é a terceira maior rodovia do Brasil, com 4.000 km de comprimento, cortando os estados brasileiros da Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. Nasce na cidade de Cabedelo, na Paraíba, e segue até Lábrea, no Amazonas e é classificada como rodovia transversal.
Em grande parte, principalmente no Pará e no Amazonas, a rodovia não é pavimentada.
Planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país, foi inaugurada em 30 de agosto de 1972. Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as regiões Norte e Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua inauguração.
Na fase de construçã, os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões, que usavam pistas precárias.
Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de chuva na região (entre outubro e março). O desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema criado por sua construção.
A BR-230 corta o estado do Pará nas principais cidades do estado como itaituba, Altamira e Marabá. No estado do Maranhão entre as cidades de Carolina a Barão de Grajaú, passando por Riachão, Balsas, São Raimundo das Mangabeiras, São Domingos do Azeitão, Pastos Bons, São João dos Patos, bem como o Estado do Piauí passando por Floriano, Nazaré do Piauí, Oeiras até a BR-316, na localidade Gaturiano, no Piauí, segue-se pela BR-316 até a entrada de Fronteira, no Piauí, que passa a ser a continuação da BR-230 até a cidade de Campos Sales, no Ceará.




Esporte

As principais competições esportivas da cidade são a Copa Ouro de Futsal (promovido pela TV Tapajoara), cujas principais equipes são o Trovão Azul(tri-campeã), Cálculos Contábeis (uma conquista no campeonato) e o Hay Fay; o Campeonato Suburbano; o Campeonato Itaitubense, cujos times mais tradicionais são: América, Auto Esporte e o Itaituba.
Além da Secretaria Municipal de Esporte Cultura e Desporto, é responsável pela realização dos eventos esportivos da cidade a LIDA (Liga Itaitubense de Desportos Atléticos). Merece destaque nesse assunto o diretor da LIDA, Sr. Joaquim Albino, uma das pessoas que mais tem contribuído para o desenvolvimento do esporte na cidade.




Referências

Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

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