segunda-feira, 4 de março de 2013

Matéria no Programa É do Pará mostra o trabalho da equipe Namoa nas Maravilhas do Divino


http://globotv.globo.com/rede-liberal-pa/e-do-para/v/e-do-para-mostra-os-misterios-da-caverna-do-divino/2436594/



É do Pará mostra os mistérios da 'Caverna do Divino'
Santuário natural tem grutas amplas e uma cachoeira de 24 metros de altura em Itaituba
A 120 km de Itaituba, no oeste do Pará, existe uma região desconhecida para a maioria das pessoas. O lugar, apesar de distante, esconde belos cenários. Chegar lá não é fácil: é preciso atravessar uma trilha moderada, que desafia a tração dos carros no período chuvoso conhecido como "inverno amazônico". E, diante do lamaçal, os visitantes precisam começar a caminha mais cedo.
O proprietário das terras onde o tesouro natural se encontra é conhecido como seu Divino. Ele mora no local há 20 anos, e quase chegou a vender a área, até descobrir o potencial turístico do local. Edmilson veio com a família de Rurópolis para conhecer a região, mas só a filha mais velha encarou o desafio de atravessar a trilha na mata fechada
Os guias preparam o caminho com a ajuda de cordas, mas mesmo assim é preciso ficar atento para onde se pisa ou coloca-se a mão. Após a decida cheia de espinhos e obstáculos, a natureza se encarrega de compensar todo o esforço dos visitantes. É um verdadeiro santuário na natureza, com uma cachoeira de 24 metros de altura e uma caverna enorme, que ainda não foi estudada pelos pesquisadores. O local ganhou o nome de "carnea do Divino", uma homenagem que também é apropriada diante da grandiosidade do lugar
Segundo Rodrigo Motta, da sociedade brasileira de espeleologia - especialidade que estuda cavernas - o lugar não é mapeado, mas foi catalogado junto com outras 96 cavernas da região.
A entrada da primeira galeria da caverna tem aproximadamente 4 metros de altura. O salão é do tamanho de uma quadra de vôlei, com água escorrendo por uma das paredes em direção ao rumo desconhecido. Ainda existem mais dois salões secundários, um deles cheio de morcegos e, dali em diante, a caverna é inexplorada.
O único problema, depois de observar tanta beleza, é a certeza de que o visitante terá que encarar o caminho de volta. Mas vale à pena, graças ao sentimento de satisfação por ter conhecido um lugar único, onde poucas pessoas estiveram.

(Matéria produzida por Cassiélle Rangel, publicada em 2 de março de 2013 no Porto Globo.com)

Um comentário:

  1. É preciso ter muito cuidado com essas visitas turísticas a essa caverna, por se tratar de uma das únicas cavernas em calcario conhecidas na Amazônia. Poucos estudos foram feitos na mesma, principalmente relativa a fauna cavernícula e as condições de circulação de aguas endógenas. Além do que, o piso da caverna, em quase todo a sua extensão está tomada por espeleotemas delicados (principalmente pérolas de cavernas...) que podem facilmente ser destruídos inadvertidamente por sapatos e botas de visitantes. Não há estudos que informem sobre a viabilidade turística para essa caverna. Lembrando ainda que as cavernas estão protegidas por lei federal especifica de uso e preservação sob os cuidados do IBAMA - CECAV. Roberto Vizeu (Sociedade Brasileira de Espeleologia, Grupo Espeleológico Paraense - UFPA)

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